Heitor-Villa Lobos
- Gabriel Cunha

- 21 de ago. de 2023
- 5 min de leitura
A identidade nacional
Heitor-Villa Lobos, (Nascido em 5 de março de 1887, RJ). Foi um dos mais conhecidos e renomados compositores brasileiros e da América Latina no século XX, e até hoje reconhecido em todo o mundo como um dos maiores gênios dos nossos tempos; Onde contribuiu para o mundo da música contemporânea em seu tempo, e acima de
tudo, na Identidade Cultural Brasileira.
Heitor-Villa Lobos, tinha como sua principal referência na infância, o seu pai, cujo era bibliotecário e músico amador. Obrigado pelo pai a aprender música, ingressou no Conservatório de Música do Rio de Janeiro, onde aprendeu a tocar Violoncelo aos 6 anos de idade, cujo foi obrigado a aprender sobre música de concerto. Durante a adolescência teve aulas de composição formalmente, porém, quando o pai morreu a sua matrícula foi cancelada.
Durante a infância e juventude, viajou pelo país com sua família, onde em suas viagens criou grande interesse pela música nativa brasileira, e africana;
Onde, supostamente, passou diversos dias em tribos indígenas e engenhos escutando suas melodias “atípicas” e criando muito interesse por tal.
Depois de retornar de suas viagens para o Rio de Janeiro; Villa-Lobos passou a se associar com os músicos populares de sua cidade, e se apresentar com eles, e então, Villa-Lobos aprende a tocar violão.

Aos 18 anos de idade, Villa-Lobos sai de casa, pois sua mãe, já viúva, vinha a se opor aos seus amigos “delinquentes”, pois sua mãe queria que em vez de músico, Villa-Lobos se tornasse médico. Em vez disso, ao sair de casa, ele viaja pelos estados do Espírito Santo, Bahia e Pernambuco; Tocando Violão e Violoncelo para se sustentar.
Nesse tempo de sua vida, absorveu muito das músicas folclóricas brasileiras, e compôs diversas de suas peças.
Durante esse período de sua vida, ele retorna ao Rio de Janeiro e ingressa no Instituto Nacional de Música do Rio de Janeiro. Mas ainda sim continuaria sua viagem por mais 3 anos. Ao retornar de forma definitiva para a cidade do Rio de Janeiro, ele retorna com um grande conhecimento da música Afro-Brasileira das regiões Norte e Nordeste do país.
Começou também um estudo sério das obras de Bach, Richard Wagner, e Giacomo Puccini, cujo influência pode ser notada em suas composições (Como as Bachianas Brasileiras). Em 1915, um concerto no Rio de Janeiro apresentou suas composições, e sua carreira ganhou um impulso vital naquele mesmo ano, quando a firma de Artur Napoleão começou a publicar suas músicas. Apesar disso, foi muito atacado por diversos críticos da época por haver muita modernidade e dissonância em suas músicas, mas ainda sim persistiu em fundir a música ocidental com a tradição vernácula brasileira.
Então, em 1919 Heitor-Villa Lobos conhece o pianista Artur Rubinstein, onde ajudou a promover a música brasileira composta por Villa-Lobos pelo mundo.

Semana de 22; Villa-Lobos tinha a crença de que a semana de 22 não daria em muita coisa. O convite inicial do escritor, Graça Aranha, não foi recebido com muito intusiasmo. Se não fosse o fausto cachê e a possibilidade de apresentar suas composições pela primeira vez em terras paulistanas, além da providencial insistência do escritor Ronald de Carvalho, seu conterrâneo e autor de algumas das letras das canções de seu repertório, talvez ele nem subisse ao palco do Theatro Municipal de São Paulo —de casaca e chinelo, em decorrência dos sintomas da gota.
o que Villa-Lobos levava para a semana de 22 era muito moderno para o seu contexto, portanto, não se foi estranhado as diversas criticas que Villa-Lobos recebeu em seus 3 dias de apresentação. Pois para a crítica brasileira, os programas entre 13 e 17 de fevereiro de 1922 pareciam vanguardistas. Ainda sim, teve uma grande importância e atuação, cujo veio a abrir suas portas no ano seguinte.
Nos primeiros dias, foram apresentadas as peças “Sonata N°2” para Violoncelo e Piano, O “Trio N°2” para violino, violoncelo e piano; Além de 3 obras de piano, entre elas, a “Valsa Mística” e entre as demais “Danças Características Africanas”, cujo decerto, representavam muito sobre a identidade nacional. Também expressava diversas canções em português, e francês; Influenciado por Claude Debussy, mostrava ao público como sabia tocar e compor também aos moldes europeus. Mostrou o que fez de melhor nos anos de 1910.


Pouco tempo depois, por reconhecimento, entre 1923 e 1930, Villa-Lobos recebe apoio do Governo Federal(Especialmente, na Era Vargas), onde viajou para a Europa; E neste período, viveu em Paris, mas apesar disso, empreendeu em suas viagens apresentando-se pelo Brasil, Buenos Aires. Porém, seu principal foco até então, foram as cidades europeias, onde logo foi aceito nos mais íntimos círculos de música francesa. Lá, seu sucesso foi enorme; Especialmente no período de 1924 e 1927. Entre as pessoas que foi próximo, esteve Edgard Varése, Florent Schmitt, Pablo Picasso, Fernand Leger, Sergei Prokofieff e Leopold Stokowski. Em 1924 foi nomeado professor de composição no Conservatório Internacional de Música de Paris.
Onde Villa-Lobos conheceu Vincent D’Indy, de quem Villa-Lobos recebe diversos conselhos sobre musicalidade. Ele também conheceu Andrés Segovia (1893-1986), o famoso e influente guitarrista espanhol, que logo se tornou um dos mais importantes intérpretes de sua música. Para Segóvia, Villa-Lobos escreveu uma série de Doze Estudos (1929), onde, ainda sim Segóvia odiava tocar as composições de Villa-Lobos, e gravou apenas 3 dos seus estudos e o Concerto Para Violão. Os chôros, para orquestra com violão, surgiria no mesmo ano, as sequências de quatorze peças com instrumentação variada.
Villa-Lobos inventaria então, um Brasil, onde no exterior, criou a face musical brasileira.
Vargas utilizou a música de Heitor-Villa Lobos semelhantemente a Hitler na juventude hitlerista, até então, promover a ordem entre os jovens.
Na década de 30, Villa-Lobos retorna ao Brasil, e apresentou um plano de educação musical nas escolas Paulistanas e foi nomeado diretor de educação musical por lá. Em 1932 assumiu coordenação no ensino musical por todo o Brasil, e também fundou o Conservatório de Canto Orfeônico em 1942, sendo este o seu principal cargo chefe, cujo faz parte juntamente com a Escola de Teatro e a Escola de Letras, do Centro de Letras e artes, um dos cinco centros acadêmicos da UNIRIO – UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
E colaborou também na formação de diversos professores por todo o país, assim, colaborando ainda mais com a educação no Brasil; Na época, precária e centralizada na elite brasileira. E também lançou diversas coletâneas de música que ele astuciosamente “roubou” das pesquisas de Mário de Andrade.
Entre 1944 e 1949 viajou amplamente pelos Estados Unidos e Europa, onde recebeu muitas honrarias e foi altamente requisitado como maestro.
Como mencionado, as obras de Heitor-Villa Lobos são uma mescla singular

entre a Música Ocidental, a música Afro-Brasileira e Amerindia. As suas obras mais conhecidas são as Bachianas Brasileiras, onde existem 9 peças e remetem a algumas técnicas utilizadas por Bach.
Os chôros brasileiros(sendo o chôro N°1 uma das suas primeiras composições), cujo existem 14 peças que remetem ao título, os prelúdios de Violão, e diversas outras obras.
E então, morre de câncer Heitor-Villa Lobos em 17 de Novembro de 1959, no Rio de Janeiro.
Villa-Lobos, como gostava de ser chamado, deixou um grande legado para a música e identidade brasileira, sendo, sem dúvidas, um dos grandes gênios e músicos dos últimos tempos.
“Eu considero as minhas obras como cartas que escrevo para a posteridade sem esperar resposta”
-Heitor-Villa Lobos

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